Saúde implanta a residência terapêutica

Nesta semana, entrou em funcionamento no município o Programa “De volta para casa – Residência Terapêutica”. É uma ação oferecida pela Secretaria Municipal de Saúde, com recursos repassados pelo Serviço Único de Saúde – SUS. A implantação do serviço também era uma exigência do Ministério Público desde 2011, quando foi assinado um Termo de Ajustamento de Conduta, para que esta obrigação fosse cumprida.

A Residência Terapêutica é uma casa comum que terá como moradores pacientes portadores de transtornos psicossociais que passaram por longas internações em unidades de psiquiatria. O local já está abrigando duas pessoas. São rio-pardenses que há vários anos viviam no Centro de Reabilitação de Casa Branca.

Nos próximos dias ainda são esperados pacientes vindos dos hospitais Vale das Hortências (Piedade); Santa Cruz (Salto de Pirapora) e Instituto Bezerra de Menezes (Espírito Santo do Pinhal).

Os assistidos serão acompanhados pelas equipes multidisciplinares do Centro de Apoio Psicossocial – Caps. Durante o dia eles podem participar de atividades na unidade e a noite retornam para a Residência Terapêutica, onde também serão acompanhados por profissionais de saúde.

Autonomia

“A expectativa do programa é de que estas pessoas possam ir aos poucos retomando suas vidas, apesar das limitações. Há casos em que as Residências Terapêuticas são praticamente autônomas. Têm empregados pagos pelos próprios internos. Ou seja, é um projeto que visa restabelecer a dignidade dos pacientes psiquiátricos”, comenta a secretária municipal de Saúde, Márcia Biegas, que destacou os esforços da equipe para a realização do projeto.

De acordo com a responsável pelo serviço, Regina Helena Silva, cada paciente possui um projeto terapêutico específico que possibilita desenvolver atividades e tarefas rotineiras como arrumar e organizar a casa, servir a própria comida, de maneira que aos poucos comecem a ganhar autonomia.

O prefeito Ernani Vasconcellos visitou o local, conversou com a equipe de profissionais e conheceu os primeiros moradores da Residência Terapêutica

Equipada e mobiliada, unidade garante aos moradores a possibilidade de viverem em uma residência comum após anos internados em hospitais psiquiátricos