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Prefeitura quer mobilizar doadores de IR

Recursos podem ser destinados para fundo municipal que ajuda financiar entidades

O prefeito Ernani Vasconcellos, a diretora de Rendas e Fiscalização – Regina Fonseca e o presidente do DEC – Iury Abrão se encontraram na noite de quarta-feira, 22, com representantes de escritórios de contabilidade que atuam no município. Na pauta, a discussão de propostas sobre captação de recursos do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) ao Fundo Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente (FMDCA) para financiar projetos e entidades assistenciais.

A intenção é mobilizar os profissionais da área para incentivar e orientar clientes quanto a possibilidade de doar parte do imposto de renda aos serviços sociais do município. Conforme prevê a legislação, pessoas físicas podem doar até 6% do valor devido de IR e pessoa jurídica 1%. As doações são apenas para manutenção e desenvolvimento, aquisição de equipamentos e materiais, não sendo permitido investir em obras.

O prefeito aproveitou a oportunidade para falar sobre as dificuldades da Prefeitura em disponibilizar recursos para entidades, em função das limitações orçamentárias e queda de receitas. Segundo ele, diante dos problemas enfrentados pelo município, somente com apoio da iniciativa privada é que algumas atividades sociais ainda serão possíveis no município. Ele exemplificou comentando os esforços da sua gestão, nos primeiros dias de governo, para evitar o fechamento da Casa de Cultura e Cidadania. “Se não fossem os recursos oriundos do FMDCA teríamos perdido este importante projeto. Por isso é preciso fortalecer este tipo de parceria com as empresas”, disse.

Para Iury Abrão, a participação dos profissionais de contabilidade é importante no processo de captação, sensibilizando os clientes a investirem os recursos do IR no próprio município. “As pessoas gostam de saber onde está sendo investido o dinheiro do imposto que pagam. E neste caso, têm a possibilidade de doar para projetos que estão bem próximos delas”, avalia.

A Prefeitura e os profissionais de contabilidade deverão se unir em campanhas de orientação e sensibilização do empresariado para que participem das doações. Em outra frente haverá incentivo aos projetos sociais da cidade para se capacitarem ao recebimento dos recursos. Neste sentido deverão adotar iniciativas que tornem suas atividades mais transparentes e acessíveis à população. “Quanto mais as pessoas conhecerem os projetos, as entidades, quanto mais clareza houver em relação aos trabalhos que desenvolvem e ao emprego dos recursos, aumentam as chances de se conseguir doadores”, avalia Iury.

Também presente à reunião, a empreendedora social Juliana Torres Junqueira – do projeto Nascidos para Ler – observou que a cidade precisa fomentar campanhas para sensibilizar empresários e pessoas físicas a doarem para serviços sociais. “Muitas vezes as pessoas querem ajudar mas não sabem como”, considerou. Ela também concorda que as entidades precisam se mostrar mais os projetos que desenvolvem. “Isso aumenta a credibilidade e desperta a cultura da doação”, comentou.

 

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