População deve mais de R$ 4 milhões à Saerp
Valor corresponde ao volume acumulado nos últimos três anos
Contribuintes de São José do Rio Pardo deixaram de pagar no ano passado quase R$ 2 milhões à Superintendência de Água e Esgotos (Saerp) mas o volume acumulado nos três últimos anos, de acordo com dados divulgados pelo setor de contabilidade da autarquia, ultrapassa os R$ 4 milhões.
“Este valor pode sofrer diminuição devido a algumas contestações de contas mas a inadimplência dos contribuintes existe e não é pequena”, avalia José Maria Farani Serrao, diretor da autarquia.
Os números apontam que, em 2014, a inadimplência foi de R$ 832.101,73; já em 2015 saltou para R$ 1.351.916,76 e no ano passado chegou a R$ 1.998.060,13 – valores corrigidos, com a aplicação de juros e multas sobre o atraso nos pagamentos.
Fazendo falta
O diretor da Saerp observa que o sistema requer muitos investimentos mas a falta de pagamento das contas impossibilita os projetos de reforma na rede, construção de reservatórios e a consequente melhoria na qualidade do abastecimento.
Ele cita como exemplo a necessidade de investir na construção de um novo reservatório na Estação de Tratamento de Água do bairro João de Souza, unidade responsável pelo abastecimento na região da Vila Formosa, João de Souza, São Domingos, Alto da Bela Vista, Jardim São Roque, Bonsucesso, Condomínio Mantovani, Santa Luzia, Jardim São José e imediações da Nestlé.
“Ali, para melhorar o abastecimento, é necessário instalar novos decantadores e também um novo reservatório. E há os serviços de manutenção como limpeza de tanques, substituição de bombas e tubulações, pagamento de energia elétrica, aquisição de produtos. Precisamos de recursos para melhorar a qualidade da captação e do fornecimento mas isto fica mais difícil se as pessoas não pagarem suas contas”, argumenta o diretor da autarquia.
A quantia devida pelos munícipes, conforme explica, poderia contribuir nos investimentos que o sistema requer.
“A gente sabe que a população tem questionado o valor da tarifa, existe boa vontade da administração em buscar solução que seja benéfica à população mas o município precisa dos recursos. Se as pessoas deixam de pagar, dificulta todo o processo de melhoria”, completa.
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