Município em alerta contra o Aedes aegypti
Mosquito causa dengue, zika, chikungunya e febre amarela
Criadouros de mosquito estão nas casas e dengue foi confirmada em 8 bairros
De acordo com relatório divulgado pela Vigilância Epidemiológica do município, de janeiro a outubro deste ano São José do Rio Pardo confirmou 9 casos de dengue. Além disso, três macacos mortos foram encaminhados para exames, visando apurar se morreram de febre amarela.
O relatório “Arboviroses – Situação Epidemiológica (GVE) XXVI, São João da Boa Vista”, apresenta um quadro sobre dengue e chikungunya em toda a região, além de dados sobre a febre amarela no Estado de São Paulo.
“No nosso município, em relação à dengue, constatamos uma mudança no comportamento dos casos. Em geral eles ocorriam mais no início do ano, mas em 2017 tivemos suspeitas e casos a partir de junho”, explica a educadora em Saúde, Mônica Jacon, da Vigilância Epidemiológica.
De acordo com o levantamento, 85% dos criadouros do mosquito Aedes aegypti foram encontrados nas residências. De janeiro a outubro, havia suspeita de dengue em 24 bairros do município e em 8 deles houve confirmação de casos autóctones da doença, sendo: Jd. São Roque, Jd. Aeroporto, Jd. Santos Dumont, Vila Verde, Vila Pereira, Santa Teresa, Maria Boaro e Vila Maschietto.
Febre amarela
Em São José não houve registro de febre amarela em humanos. Apesar disso, a Vigilância Epidemiológica acompanha os desdobramentos de três casos suspeitos em macacos. Três animais encontrados mortos em áreas do município foram encaminhados para exames. Um caso já foi descartado e os outros dois ainda esperam os resultados.
Em todo o Estado de São Paulo, de janeiro a outubro, foram notificados 1.260 casos suspeitos em macacos. Deste total, 258 foram confirmados e 248 deles são na região de Campinas. Já em humanos, de dezembro do ano passado até julho deste ano foram 51 casos confirmados.
“A população precisa se proteger. Durante todo o ano nós temos vacina na rede pública de Saúde mas as pessoas só procuram se vacinar quando há notícia sobre surtos da doença. Daí formam aquelas longas filas, as pessoas se estressam e colocam a culpa no serviço de vacinação”, comenta a secretária de Saúde, Márcia Biegas, observando que o município está na rota da febre amarela, segundo os dados da Vigilância Sanitária Estadual.
Mais atenção
Outras doenças monitoradas pela Vigilância Epidemiológica são a zika e a chikungunya. Nenhum caso destas foi registrado no município.
Apesar disso, São José do Rio Pardo está próxima a cidades onde houve casos de chikungunya: Itapira (3), Mogi Guaçu, Mogi Mirim, São João da Boa Vista (3), São Sebastião da Grama e Tambaú. Foram dez ocorrências confirmadas.
Combate
A única forma de acabar com a disseminação destas doenças é combatendo o mosquito Aedes aegypti. É importante manter o domicílio sempre limpo, evitar água parada e eliminar os possíveis criadouros. Recomenda-se ainda a colocação de telas em janelas e portas.
Para as grávidas, orienta-se que utilizem roupas compridas – calças e blusas – e repelentes.
No caso da febre amarela, é necessário tomar a vacina que é válida por 10 anos e pode ser encontrada nas unidades de Saúde. A vacina é contraindicada a gestantes, imunodeprimidos (pessoas com o sistema imunológico debilitado) e pessoas alérgicas a gema de ovo.
Prevenção
Combater o Aedes aegypti é responsabilidade dos órgãos públicos e da população. O mosquito causa dengue, chikungunya, zika virus e febre amarela.
Como eliminar os criadouros e evitar a reprodução e proliferação do Aedes aegypti:
– Não deixar água parada em pneus. O ideal é fazer furos nestes pneus para evitar o acúmulo de água;
– Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
– Não deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água.
– A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. Deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
– Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água;
– Vasilhas que servem para animais (gatos, cachorros) beber água não devem ficar mais do que um dia com a água sem trocar;
– As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas (retirar toda água) e permanecer sempre secas;
– Garrafas ou outros recipientes semelhantes (latas, vasilhas, copos) devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo (fechado).
– Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
– As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária.
– Sempre que observar alguma situação (que você não possa resolver), avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.
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