AIDS entre jovens preocupa
No ano passado foram cinco casos e em 2017 já são quatro. Os números da Aids em São José do Rio Pardo voltam a preocupar as autoridades em saúde e o assunto é o foco da Semana de Mobilização e Luta Contra a Aids, que terá atividades coordenadas pela Equipe DST/Aids da Vigilância Epidemiológica.
Segundo a enfermeira Denise Rondinelli Cossi Salvadori – coordenadora da Vigilância Epidemiológica – a maioria dos casos é entre pessoas jovens. “No ano passado foram constatado cinco casos, sendo um em pessoa do sexo feminino e os demais entre homens. Neste ano, todos os registros são entre pessoas do sexo masculino, bastante jovens”.
Dos quatro casos registrados neste ano, dois (2) estão na faixa etária de 10 a 19 anos; um (1) na faixa de 20 a 29 e outro na faixa etária de 30 a 39 anos.
Para a enfermeira, estes casos estariam associados ao uso de drogas injetáveis e à prática de sexo sem preservativos.
Fique Sabendo
Para chamar a atenção ao problema, na próxima sexta-feira, 1º de dezembro, quando é lembrado o Dia Mundial de Combate à Aids, unidades de saúde e a Vigilância Epidemiológica promovem mais uma campanha “Fique Sabendo”.
Na Praça Barão do Rio Branco (Mercado Cultural) haverá realização de testes de sangue para identificação ou não do HIV. No local também serão distribuídos materiais de orientação. Os detalhes da campanha foram definidos na última segunda-feira, durante reunião com representantes das unidades de saúde.
“Para fazer o teste é necessário apresentar documento. É feita a coleta do sangue e em cerca de 20 minutos sai o resultado do exame”, explica Denise, destacando que uma equipe multiprofissional estará no local para orientar as pessoas.
É possível evitar
No Brasil, os dados mais recentes do Ministério da Saúde revelam que 827 mil pessoas vivem com HIV/Aids. Dessas, cerca de 112 mil não sabem que estão infectados. Para Denise Rondinelli, a população vem deixando de adotar as medidas para evitar as doenças sexualmente transmissíveis (DST) e isto explicaria o aumento dos casos entre os jovens.
“Em todas as nossas unidades de saúde há preservativos disponíveis para a população. Antigamente era grande a retirada deste material mas nos últimos tempos tem sobrado”, explica.
Ela diz ainda que a maior divulgação sobre eficácia dos coquetéis antiaids também fez com que as pessoas passassem a ter a falsa impressão de que os medicamentos acabaram com a doença. “É importante as pessoas saberem que os coquetéis não matam o vírus eles apenas garantem mais tempo de vida aos pacientes. Ainda não há cura para a Aids”, completa.
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