A SAERP/Prefeitura respondem as dúvidas dos usuários
A SAERP/Prefeitura respondem as dúvidas dos usuários.
E publica a tabela rápida de cálculos comparativos dos preços.
Água, o aumento era necessário?
A Prefeitura sempre arcou com os custos do serviço de água e esgoto que não eram cobertos pela tarifa cobrada. Com a crise econômica, esses recursos acabaram. Era necessário, portanto, repassar para o preço toda a despesa de tratamento e distribuição. A medida impopular adotada era absolutamente necessária para que a SAERP seja autossuficiente e não dependa dos recursos da Prefeitura que, historicamente, destinou grandes somas de dinheiro para custear a água, deixando de investir em ações que poderiam ter trazido maior desenvolvimento para a cidade.
Precisava ser tão grande o aumento?
A Prefeitura vinha tentando aumentar o preço há mais de um ano, mas precisava de autorização da Câmara, que não concordou. Somente após obter da Justiça a suspensão dos efeitos da Lei que exige o consentimento da Câmara é que a Prefeitura fixou os novos preços. Com a demora e mais o aumento do preço da energia elétrica nesse período, o valor necessário para as despesas da SAERP subiu muito. Os novos preços foram definidos mediante análise dos custos de operação e visam, portanto, manter o abastecimento pleno e dar condições à SAERP de pagar todas as suas despesas.
Além disso, com o novo preço, por 1.000 litros de água tratada, se paga em São José o valor de apenas R$ 2,73 na primeira faixa. E, enquanto o preço mínimo local ficou em R$ 24,60, a média de 15 cidades da região é de R$ 30,36.
Esses cálculos estão corretos?
Os cálculos foram feitos por empresa especializada, que analisou o dinheiro que entra e quanto custa produzir a água. Viu que entrava muito menos do que precisava e apurou quanto faltava, definindo um preço mínimo para o consumo. Com o aumento da energia elétrica, esse preço mínimo precisou ser recalculado, chegando a R$ 27,31. A SAERP e a Prefeitura preferiram manter em R$ 24,60 que é o preço que havia divulgado antes em uma audiência pública na Câmara.
Cobrando valor menor, a Prefeitura terá que continuar arcando com parte das despesas e não tem recursos para isso.
Pode ter caso de conta com aumento maior do que o anunciado?
O aumento geral foi de 199,27%. Se o consumo mudou de faixa, o valor da nova conta deve ser comparado com o preço anterior dessa faixa e não com a conta anterior, que estava em faixa menor. É que, ao mudar de faixa, o preço sobe. Sempre foi assim. Não é por causa do aumento da tarifa, mas porque mudou de faixa. A SAERP tem divulgado uma tabela comparativa com o preço antigo e o novo, em que o índice de aumento anunciado é confirmado.
Há apenas uma exceção, que é a segunda faixa residencial. Historicamente essa faixa pagou mais barato por metro cúbico do que a primeira. Para corrigir, o aumento foi um pouco maior somente na faixa de 10 a 19m³.
A Prefeitura vai abaixar o valor da conta?
Abaixar o valor da conta significa assumir parte das despesas de manutenção dos serviços de água e esgoto. Como a Prefeitura não tem recursos para isso, não tem como admitir valor menor. Uma alternativa seria implantar o racionamento de água para reduzir as despesas, mas isso não está em cogitação.
O que acontece se a conta não for paga?
As regras para as contas não pagas continuam sendo as mesmas. A Lei determina que o fornecimento seja cortado e, para religar, haverá cobrança de tarifa.
Como proceder se a conta vier com valor acima do aumento concedido?
A conta deve ser levada à SAERP para ser analisada. É possível ocorrer erro de leitura, que será corrigido. A ocorrência de vazamentos no interior do prédio é de responsabilidade do usuário. A dificuldade de leitura devido a localização incorreta do hidrômetro também pode ocasionar faturamento elevado quando a medição é conseguida.
Como calcular o valor devido tendo como base o consumo em m³?
A tabela do Decreto que fixa o valor e cálculo das tarifas é autoexplicativa. Até 9m³, o preço é fixo de R$ 24,60. Na tabela, é a soma de água a R$ 13,67 e de esgoto a R$ 10,93. De 10m³ até 29m³, basta multiplicar o consumo pelo preço da tarifa por m³ e acrescentar 80% de esgoto. Por exemplo, 29m³ x R$ 2,0356 = R$ 59,03 + 80% = R$ 106,26. Já para consumo a partir de 30m³, o cálculo prevê que o usuário deve pagar preço menor para parte de consumo menor e preço maior para a parte de consumo que entra em faixa maior. Assim, subtrai do consumo total a maior quantidade de m³ da faixa anterior e, depois, acrescenta o valor definido para essa quantidade que foi subtraída. Por último, acrescenta 80% de esgoto. Assim, por exemplo: 43m³ – 39m³ = 4m³ x R$ 3,8181 = R$ 15,27 + R$ 89,99 = R$ 105,26 + 80% = R$ 189,47. Reproduzimos a tabela da categoria residencial, observando que para a categoria comercial os valores são diferentes.
Onde posso encontrar a tabela completa já calculada por metro cúbico?
No site da prefeitura tem a tabela até 101m³, mas estamos reproduzindo aqui para facilitar o acesso. Nela, se pode ver quanto era e quanto fica a conta de água e esgoto.
Deixe um comentário